10 milhões de crianças vivem abaixo da linha da pobreza no Brasil

10 milhões de crianças vivem abaixo da linha da pobreza no Brasil

18/10/2022 00h00

A proporção de crianças com até seis anos vivendo abaixo da linha da pobreza saltou de 36,1% para 44,7%.

Um estudo feito por pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul aponta um aumento da pobreza infantil, no País depois da pandemia de covid-19.

Foram considerados os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - PNAD Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, que concluiu que a proporção de crianças com até seis anos vivendo abaixo da linha da pobreza saltou de 36,1%, em 2020, para 44,7%, em 2021.

Isso significa que cada pessoa da família vive, por mês, com o máximo de R$ 465. Em 2021, 12,7% estavam na faixa de extrema pobreza, onde a renda mensal por pessoa não passa de R$ 161. Essa é a taxa mais alta desde o primeiro ano de coleta de dados pelo IBGE, em 2012.

Recorte da pobreza

Segundo o estudo, em números absolutos, são 7,8 milhões de crianças vivendo na pobreza e 2,2 milhões na extrema pobreza. O Nordeste é a região do Brasil, onde o quadro é mais grave, com mais de 60% das crianças abaixo da linha da pobreza. No Ceará, a taxa é um pouco menor, de 59,6%.

Rede de apoio

Durante a grave crise sanitária de covid-19, enfrentada pelo Brasil e por todo o mundo, os atendimentos filantrópicos e de assistência social tiveram um salto, graças ao trabalho de entidades do Terceiro Setor e de voluntários que somam esforços para amenizar a situação de vulnerabilidade de muitas famílias pelo País. Os atendimentos são diversificados, desde o acompanhamento de mães e pais de família, adolescentes e jovens, pessoas em situação de rua e de crianças na primeira infância em situação de vulnerabilidade, inclusive alimentar.

O NADI – Núcleo de Apoio e Desenvolvimento Institucional apoia iniciativas que contribuem para a redução da pobreza, da vulnerabilidade e para o desenvolvimento de ações transformadoras em prol do bem estar coletivo e social. E ressalta a importância do trabalho das entidades do Terceiro Setor, e de programas consistentes e regulares de assistência, implantação de políticas públicas que proporcionem a geração de emprego, acesso a serviços públicos de qualidade e de transferência de renda para começar a mudar possamos mudar esse retrato e que afeta as crianças e as famílias brasileiras.

Com informações do G1.