Recentemente o Brasil voltou ao Mapa da Fome, segundo a Organização das Nações Unidas, do qual tinha conseguido sair em 2015. Preocupada com essa triste realidade e com os mais de 33 milhões de brasileiros passando fome, ou em situação de insegurança alimentar, a organização social Ação da Cidadania desenvolveu uma iniciativa de mapeamento de bancos de alimentos em todo o País.
Estar no Mapa da Fome representa uma situação grave para o Brasil e para países do mundo todo, isso significa que o percentual de brasileiros que não têm certeza de quando vão fazer a próxima refeição está acima da média mundial. Com mais de 33 milhões de brasileiros passando fome e 125 milhões em situação de insegurança alimentar, ou seja, sem ter certeza se fará ou não a próxima refeição, uma iniciativa da organização social Ação da Cidadania resolveu mapear os bancos de alimentos de todo o País para inseri-los no Google Maps.
Com essa iniciativa, agora é possível ter acesso a informações de localização, horário e contatos dos pontos mapeados mais próximos, para isso basta pesquisar por “cozinhas solidárias perto de mim” ou “banco de alimentos” na ferramenta de pesquisa do Google.
Ao todo, são mil bancos de alimentos cadastrados, todos verificados pela organização. O objetivo é aumentar ainda mais o número de pontos mapeados e criar o maior e mais organizado banco de dados digital deste tipo no Brasil, ainda neste ano.
A idéia tem como parceira a startup cearense, HubLocal, que dará suporte técnico. A HubLocal atua para que empresas tenham maior presença digital, e pelo Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (WFP).
Os bancos de alimentos funcionam como ponto de conexão entre doações. Eles recebem alimentos provenientes da agricultura familiar, da indústria alimentícia e de redes varejistas e atacadistas, principalmente aqueles que não possuem mais valor para o comércio por estarem fora dos padrões estéticos, mas que ainda estão aptos para o consumo. Depois, os redistribuem para organizações ou associações de pessoas em vulnerabilidade social.
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São locais que entregam refeições prontas gratuitamente, sejam em marmitas ou em espaço físico para alimentação. Há também as despensas solidárias, que distribuem alimentos in natura e geralmente estão associadas a escolas e creches. Todos esses espaços podem ser geridos por entes públicos, como prefeituras, ou por organizações do terceiro setor e movimentos sociais que atuem no combate à fome.
A organização Ação da Cidadania estruturou a plataforma rede Alimentação Solidária, onde gestores de bancos de alimentos, cozinhas ou despensas solidárias podem se cadastrar gratuitamente a fim de fazer parte dos espaços disponíveis no Google. No site, há também o contato para quem deseja doar alimentos para um desses locais. Para mais informações acesse www.acaodacidadania.org.br.
Fonte: Observatório do Terceiro Setor
Link da matéria: https://observatorio3setor.org.br/noticias/como-o-terceiro-setor-pode-contribuir-para-a-equidade-racial-no-brasil/
